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VERGONHA: Artigo à Nature demonstrando 20 mecanismos de ação da Ivermectina contra COVID censurado

Atualizado: 6 de out. de 2023

O artigo de revisão publicado por Zaidi & Dehgani-Mobaraki 2021 na Nature, baseado em evidências clínicas, discute 20 mecanismos de ação da Ivermectina contra o SARS-CoV-2 e propõe um esquema das principais interações celulares e biomoleculares entre Ivermectina, hospedeiro e SARS-CoV-2 na COVID-19 e na prevenção de complicações. Todavia, dada a expressividade da revista, após aprovar e publicar o estudo, o editor da Nature se viu obrigado a retirar alguns pontos de análise do contexto que favoreciam demais o levante de um consenso da expressividade da Ivermectina no tratamento precoce do COVID-19. A começar pela mudança no título. Ao invés de:


“Os mecanismos de ação da ivermectina contra o SARS-CoV-2: Um artigo de revisão clínica baseado em evidências”

Que tal?


“Os mecanismos de ação da ivermectina contra o SARS-CoV-2—revisão extensiva”

Já fica claro o tom da reformulação para publicação. Embora seja uma revisão baseada em evidências, não se pode declarar que foi baseada em evidências clínicas sólidas que comprovam a eficácia do tratamento contrariando cientificamente a posição da OMS e da FDA em relação ao tratamento.


Neste sentido, a antiga Tabela 1 – que resumia 55 ensaios clínicos agrupados em categorias de estudo demonstrando por meta-análise o percentual de melhora para tratamento precoce ou tardio – teve que ser suprimida.


Tabela 1 Todos os 55 ensaios clínicos de ivermectina pra COVID-19 (de acordo com dados disponíveis em 16 de maio de 2021) divididos com base no estágio do tratamento (precoce vs tardio) e o tipo de estudo.


Também foi retirado na íntegra a análise que acompanhava a Tabela 1 traduzida a seguir:


“Dados em tempo real também estão disponíveis com uma meta-análise de 55 estudos até o momento. Segundo os dados disponíveis em 16 de maio de 2021, 100% dos 36 estudos de tratamento precoce e profilaxia relatam efeitos positivos (96% de todos os 55 estudos). Destes, 26 estudos mostram melhorias estatisticamente significativas no isolamento. A meta-análise de efeitos aleatórios com efeitos agrupados usando o resultado mais grave relatou uma melhora de 79% e 85% para o tratamento precoce e a profilaxia, respectivamente (RR 0,21 [0,11–0,37] e 0,15 [0,09–0,25]). Os resultados foram semelhantes após a análise de sensibilidade com exclusão: 81% e 87% (RR 0,19 [0,14–0,26] e 0,13 [0,07–0,25]), e após a restrição a 29 estudos revisados por pares: 82% e 88% (RR 0,18 [0,11–0,31] e 0,12 [0,05–0,30]). Foram observadas melhorias estatisticamente significativas na mortalidade, ventilação, hospitalização, casos e eliminação viral. 100% dos 17 Ensaios Clínicos Controlados Randomizados (RCTs) para tratamento precoce e profilaxia relatam efeitos positivos, com uma melhora estimada de 73% e 83%, respectivamente (RR 0,27 [0,18–0,41] e 0,17 [0,05–0,61]), e 93% de todos os 28 RCTs. Esses estudos estão listados na Tabela 1. A probabilidade de que um tratamento ineficaz tenha gerado resultados positivos para os 55 estudos até o momento é estimada em 1 em 23 trilhões (p = 0,000000000000043). A consistência de resultados positivos em uma ampla variedade de casos tem sido notável. É extremamente improvável que os resultados observados tenham ocorrido por acaso”.

“No entanto, um ensaio controlado em pacientes ambulatoriais realizado por López-Medina et al. demonstrou que, em casos leves de COVID-19, a Ivermectina não apresentou melhora. Foi observada uma possível má interpretação dos resultados devido a possíveis lacunas na qualidade do estudo (desenho do estudo, metodologia adotada, análise estatística e, portanto, a conclusão)”.

“A adoção da Ivermectina como uma ponte de segurança por algumas seções da população que ainda aguardam sua vez de serem vacinadas poderia ser considerada uma opção lógica”.

“Há evidências que apoiam o uso de ivermectina na diminuição dos números de mortalidade em pacientes com infecção por SARS-CoV-2. No entanto, o uso de ivermectina por via oral em ambiente ambulatorial também requer diretrizes rigorosas e bem definidas para evitar qualquer forma de superdosagem que possa levar à toxicidade. Um estudo de Baudou et. al descreveu duas mutações nonsense ABCB1 humanas associadas à perda de função em um paciente que teve uma reação adversa à ivermectina após a administração de uma dose usual. Esse achado justifica cautela quanto à prescrição médica de ivermectina e outros substratos ABCB1”.

Após suprimir discussões sobre tentativas clínicas, o artigo seguiu normalmente com a descrição dos 20 mecanismos de ação da ivermectina contra a patologia do COVID-19 listadas, a saber:


A. Ação direta sobre o SARS-CoV-2

Nível 1: Ação na entrada da célula pelo SARS-CoV-2

Nível 2: Ação na superfamília Importina (IMP)

Nível 3: Ação como um Ionóforo


B. Ação sobre alvos hospedeiros importantes para a replicação viral

Nível 4: Ação como um antiviral

Nível 5: Ação na replicação e montagem viral

Nível 6: Ação no processamento pós-translacional das poliproteínas virais

Nível 7: Ação nos receptores de Carioferina (KPNA/KPNB)


C. Ação sobre alvos hospedeiros importantes para a inflamação

Nível 8: Ação nos níveis de Interferon (INF)

Nível 9: Ação nos Receptores Tipo Toll (TLRs)

Nível 10: Ação na via do Fator Nuclear-κB (NF-κB)

Nível 11: Ação na via JAK-STAT, PAI-1 e sequelas da COVID-19

Nível 12: Ação na Quinase 1 ativada por P21 (PAK-1)

Nível 13: Ação nos níveis de Interleucina-6 (IL-6)

Nível 14: Ação na modulação alostérica do receptor P2X4

Nível 15: Ação na caixa de alta mobilidade grupo 1 (HMGB1)

Nível 16: Ação como um imunomodulador no tecido pulmonar e olfação

Nível 17: Ação como um anti-inflamatório D. Ação em outros alvos hospedeiros

Nível 18: Ação na Plasmina e Anexina A2

Nível 19: Ação no CD147 nas hemácias (RBC)

Nível 20: Ação no ATP mitocondrial sob hipóxia na função cardíaca


A Conclusão do artigo também foi modificada de:


“Considerando a urgência da pandemia COVID-19 em curso, a detecção simultânea de várias novas cepas mutantes e o potencial futuro ressurgimento de novos coronavírus, o reaproveitamento de medicamentos aprovados como a ivermectina pode ser digno de atenção”.

Para:


“Nós resumimos os resultados publicados na inibição de alvos virais e do anfitrião múltiplos que poderiam estar envolvidos na réplica SARS-CoV-2 e na doença COVID-19. Embora várias atividades antivirais e do alvo do anfitrião tenham sido relatadas para a ivermectina no SARS-CoV-2 e COVID-19, ainda não está claro se alguma dessas atividades desempenhará um papel na prevenção e no tratamento da doença. Os ensaios clínicos controlados que estão em andamento revelarão se essas atividades se traduzirão em eficácia clínica”.

ALEGAÇÃO DO EDITOR-CHEFE DA NATURE

O Editor-Chefe retratou-se deste artigo. Após a publicação, foram levantadas preocupações em relação à metodologia e às conclusões deste artigo de revisão. A revisão pós-publicação confirmou que, embora o artigo de revisão descreva adequadamente o mecanismo de ação da ivermectina, as fontes citadas não parecem mostrar que há evidências clínicas claras do efeito da ivermectina para o tratamento do SARS-CoV-2. O Editor-Chefe, portanto, não tem mais confiança na confiabilidade deste artigo de revisão. Nenhum dos autores concorda com essa retratação. A versão on-line deste artigo contém o texto completo do artigo retratado como Informações Suplementares.


EM SUMA

A ciência até pode descrever os mecanismos de ação de uma droga contra o COVID-19, mas não pode em hipótese alguma admitir que haja estudos clínicos suficientemente conclusivos sobre sua eficácia no tratamento do COVID-19.


REFERÊNCIAS

Zaidi, A.K., Dehgani-Mobaraki, P. RETRACTED ARTICLE: The mechanisms of action of Ivermectin against SARS-CoV-2: An evidence-based clinical review article. J Antibiot 75, 122 (2022). https://doi.org/10.1038/s41429-021-00430-5

Zaidi, A.K., Dehgani-Mobaraki, P. The mechanisms of action of ivermectin against SARS-CoV-2—an extensive review. J Antibiot 75, 60–71 (2022). https://doi.org/10.1038/s41429-021-00491-6

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