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Desativar partes do cérebro com magnetismo pode enfraquecer a fé em Deus e mudar atitudes em relação aos imigrantes

Daniel Sheanan Colmenero Lin

4 de set. de 2015

Um estudo sobre neuromodulação de preconceito grupal e crença religiosa

Holbrook et al. (2016) publicaram na Social Cognitive and Affective Neuroscience um artigo onde eles usaram uma bobina de metal para criar campos magnéticos fortes ao redor de certas partes do cérebro, um método chamado estimulação magnética transcraniana que pode ser usado para tratar depressão. No entanto, eles descobriram que alvejando partes do cérebro que manejam o medo, pode-se alterar ao menos temporariamente crenças e visões pessoais.

 

39 estudantes politicamente moderados foram usados no experimento divididos em dois grupos. Um deles recebeu uma dose falsa de magnetismo, enquanto o outro grupo recebeu uma forte estimulação magnética transcraniana capaz de desligar temporariamente o córtex frontal medial posterior – uma parte do cérebro que detecta discrepâncias entre condições atuais e desejadas e ajusta o comportamento subsequente para resolver tais conflitos.

 

Antes do tratamento, ambos os grupos foram perguntados sobre suas mortes a partir da qual, ao serem confrontados com a ameaça de morte, pode alterar crenças pessoais em Deus. Estudantes também foram perguntados sobre a leitura de duas cartas escritas por imigrantes na América: uma elogiando o país e outra criticando. 

"Após receberem estímulo eletromagnético, resultados mostraram uma diferença marcante nas atitudes entre os dois grupos. Entre aqueles que receberam a dose magnética forte, 32,8% tiveram crença em Deus, anjos, e inferno reduzida se comparado ao grupo controle. E 25,8% dos que receberam estímulo magnético forte tiveram uma resposta mais positiva aos imigrantes que escreveram uma carta negativa sobre seu país".

Em suma, quem recebeu o tratamento magnético teve crença em Deus reduzida e visão mais positiva em relação a imigrantes. Ao desligar o córtex frontal medial posterior, pessoas foram menos inclinadas a ideias religiosas confortantes a despeito de terem sido lembradas da morte. A disrupção daquela região cerebral também ajudou a pessoas terem visão menos negativa, menos ideologicamente motivada em relação a opiniões e críticas de imigrantes a despeito de qualquer sorte de ameaça estrangeira. Nosso cérebro lida com ameaças diárias usando a mesma estrutura básica e sua atividade pode ser reduzida com campos magnéticos – ao desligar o centro de processamento de ameaças do cérebro, se enfraquece a fé em Deus e se faz das pessoas menos preconceituosas.


REFERÊNCIAS:

Holbrook, C., Izuma, K., Deblieck, C., Fessler, D.M.T. & Iacoboni, M. Neuromodulation of group prejudice and religious belief. Social Cognitive and Affective Neuroscience, 2016, 11(3): 387–394. https://doi: 10.1093/scan/nsv107

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